Escola de Música Santa Cecilia
Ações que visem acesso a cultura como parte integrante do desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes, moradores da Cidade Estrutural/DF, destinadas em especial aos filhos de ex catadores de materiais recicláveis, estudantes matriculados na rede pública de ensino e membros de famílias já favorecidas de Programas Sociais do Governo do Distrito Federal e a toda a comunidade interessada em aprender música.
Nas ações e projetos desenvolvidos pela ABC PRODEIN na Cidade Estrutural verificou-se limitado acesso à cultura, embora haja muitas pessoas com talentos musicais na comunidade. Com vistas a desenvolver esses talentos, a Associação deseja ofertar aulas de violino, teclado e cântico para crianças, jovens e comunidade em geral.
A Escola de Música Santa Cecilia esta iniciandose com 30 alunos O projeto garantirá o acesso à cultura, possibilitará o desenvolvimento psicossocial, e, sobretudo, permitirá a socialização, além de sensibilizar a comunidade à inclusão social por intermédio da música. Pretende-se ainda:
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Oferecer às crianças, adolescentes e comunidade interesada um ambiente harmonioso e cultural favorável ao fortalecimento de vínculos comunitários;
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Oferecer aos participantes a posibilidade de um futuro melhor a partir da música;
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Reduzir os riscos provenientes da vulnerabilidade social;
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Fomentar a participação da comunidade nas atividades;
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Promover saraus, concertos musicais, tornar público o resultado dos trabalhos de forma a motivar outras pessoas a estudar música.
O Projeto Escola de Música Santa Cecília foi cuidadosamente pensado com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento humano e cultural da comunidade da Cidade Estrutural.
A despeito das inúmeras melhorias urbanas implementadas nos últimos anos, ainda é alarmante a carência de políticas públicas para a região e os grandes desafios humanos e sociais enfrentados pela população da Estrutural, como revela a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD-2013).
A cidade apresenta relevantes números de analfabetismo e de escolarização incompleta, bem como altas taxas de criminalidade e de desemprego. Além disso, são riscos humanos e sociais, especialmente entre menores de 18 anos, a pobreza, nesta cidade cuja renda per capta é a menor do Distrito Federal (Correio Braziliense, 27 de julho de 2011); o trabalho infantil, ainda endêmico; a violência doméstica e a violência contra meninas e mulheres; o consumo de drogas ou álcool e o envolvimento com o tráfico; a negligência ou o abandono durante o dia ou a jornada de trabalho dos responsáveis; a evasão escolar e o analfabetismo; a prostituição infantil; o envolvimento com grupos criminosos; mas também o risco da gravidez precoce, da depressão de crianças e jovens que, frequentemente, não alimentam esperanças de um futuro melhor, nem perspectivas de realização pessoal, familiar, profissional ou societária distintas daquelas em que estão imersos.
De acordo com a Subsecretária de Políticas para as Crianças, existe atualmente cerca de 200 crianças e adolescentes identificados pelo GDF "em situação de trabalho infantil" no Lixão da cidade Estrutural, número confirmado pelo levantamento feito pela Valor Ambiental, empresa terceirizada, responsável pela coleta de lixo. Este fator é relevante, considerando a evasão escolar, aumento do trabalho infantil e a ausência de melhor expectativa de vida.
Ademais, é importante destacar, conforme reportagem de 09/09/2016, Correio Brasiliense: “Em 2015, o Distrito Federal não cumpriu nenhuma das metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC) para o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Brasília ficou entre as três unidades da Federação que não alcançaram sequer a meta para os anos iniciais do ensino fundamental...”.
O projeto visa reduzir o impacto destes fatores na vida das famílias da Estrutural, especialmente, para as crianças e jovens consoante ao Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei 8.069 de 13 de julho de 1990), além de colaborar com a sociedade na formação dos jovens que futuramente serão pais, educadores, artistas, profissionais, autoridades e líderes.
Por conseguinte, pretende-se proporcionar momentos de convivência comunitária e de aprendizagem de habilidades necessárias para um cidadão como forma de inclusão social e profissional; de aliviar sofrimentos, medos, ansiedades; de encorajar sonhos, metas; bem como de promover a democracia inclusiva e educar para a cidadania participativa, a partir de reflexões sobre cidadania, justiça, solidariedade, tolerância, paz, fraternidade, em uma comunidade na qual estes valores muitas vezes estão ausentes.